Na CPMI general afirma que as pessoas do dia 8 não eram as mesmas que estavam no acampamento

15/09/2023
Por Nossa Informação

Em depoimento na CPMI (Comissão Parlamentar de Inquérito Mista) de 8 de janeiro, o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes afirmou que as pessoas que participaram dos atos na praça dos três poderes não são as mesmas que estavam no acampamento em frente ao Quartel General do Exército em Brasília.

General Dutra na CPMI de 8 de Janeiro / Foto: Reprodução CPMI
General Dutra na CPMI de 8 de Janeiro / Foto: Reprodução CPMI

Segundo o general, muitos ônibus chegaram no dia 7 de janeiro enquanto o acampamento já se encontrava bastante esvaziado no período até o dia 6 de janeiro.

"Eu gostaria de deixar bem claro, são dois momentos distintos. Na semana do dia primeiro de janeiro até o dia seis, o acampamento terminou, o acampamento estava vazio. As pessoas que estavam no dia seis eram pessoas que estavam em situação muito vulnerável, não tinham como voltar para os seus estados", explica o general.

"No dia 7 houve um fluxo muito grande de ônibus para Brasília. Essas pessoas que chegaram no dia 7 não eram as pessoas que estavam em novembro e dezembro no acampamento", afirma o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes.

O general Dutra ainda ressaltou também que durante todo o período em que ficaram acampados os manifestantes patriotas mantiveram comportamento completamente pacífico e que, portanto, não houve durante este momento nenhum tipo de necessidade ou ordem para que o acampamento fosse removido.

Em outro momento, o deputado André Fernandes destacou também o que no seu entender ficou caracterizado como crime de perfídia no modo como as prisões foram realizadas no dia 9 de janeiro em frente ao Quartel General. Uma vez que, segundo o deputado, as pessoas somente tomaram conhecimento de suas prisões após terem entrado nos ônibus a pedido dos militares.

Deputado André Fernandes faz pergunta durante a CPMI / Foto: Reprodução CPMI
Deputado André Fernandes faz pergunta durante a CPMI / Foto: Reprodução CPMI

"Como é que esses manifestantes entraram (nos ônibus) sem questionar", pergunta o deputado. "Estou perguntando isso, porque na verdade o que aconteceu é que tinham pessoas falando para as pessoas que eles deveriam sair da frente dos quartéis, que teriam uma triagem e eles seriam soltos. Por isso eles entraram nos ônibus", afirma o deputado André Fernandes.

"E somente dentro dos ônibus é que tomaram conhecimento que estavam sendo presas. A meu ver, isso é perfídia. O povo foi enganado. Entraram nos ônibus de forma enganada. Parabenizaram o exército de forma enganada. Foi uma atitude vergonhosa. Antes tivesse usado de força para prender. Mas perfídia? Isso é vergonhoso", finaliza o deputado.

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